Eu sei que existem edificações com 50, 60 anos na nossa cidade, também sei que nesse cenário se torna mais complexo a execução de alguns sistemas protetivos. No entanto, não podemos e nem devemos ignorar os pequenos riscos, Augusto Cury, cita que “não tropeçamos em montanha, mas sim em pedrinhas” quando trazemos esse pensamento ao mundo preventivo, a lógica segue a mesma, não podemos ignorar na crença de “aqui não pega fogo, eu não sou tão grande” – “aqui não pega fogo, está em pé há 50 anos”, por menor que seja, por mais antigo que seja, por mais seguro que o proprietário considere, é necessária uma análise cautelosa.
Quando furamos a bolha e olhamos para a prevenção contra incêndio além do papel que libera o alvará, percebe-se que o objetivo principal é a proteção do patrimônio, seja ele histórico, familiar ou simplesmente o xodó do empresário. Ninguém constrói um sonho para ser consumido pelo fogo, NINGUÉM. O objetivo da prevenção contra incêndio é proteger o patrimônio que existe, é garantir pelos melhores meios possíveis que a edificação saberá se comportar em caso de um incêndio, não vou mentir, e falar que “se você tiver isso, você não passara por um incêndio” a prevenção não garante isso; mas ela garante a segurança, pelas vidas, pela estrutura, pelos materiais que estão na edificação.
Edificações antigas, por mais difícil que possa parecer, atender e executar as medidas protetivas é algo extremamente palpável e possível, as normativas trazem essa realidade; ela não exige que uma edificação de 40 anos se comporte como uma edificação atual, existem exceções, opções, e diversas soluções de acordo com cada realidade. O que precisamos é entender que o fato de não ter pego fogo até agora, não garante o futuro.
Para esse mês, meu convite é que você não menospreze os pequenos riscos.